Quando utilizadas durante a gravidez, algumas drogas anticonvulsivantes podem produzir fenda palatina ou desenvolvimento anormal do coração, da face, do crânio, das mãos ou dos órgãos abdominais. O concepto também pode apresentar retardo mental. Sobretudo dois anticonvulsivantes podem causar defeitos congênitos: a trimetadiona (com um risco de aproximadamente 70%) e o ácido valpróico (com um risco de aproximadamente1%).
Acredita-se que a carbamazepina, um outro anticonvulsivante, causa um número significativo de defeitos congênitos de pequena importância. Foi atribuída ao anticonvulsivante fenitoína a responsabilidade de diversos defeitos congênitos, mas foram observados defeitos similares em filhos de mulheres epilépticas que não faziam uso de anticonvulsivantes. Os recém-nascidos expostos à fenitoína e ao fenobarbital (um barbitúrico e também anticonvulsivante) antes do nascimento podem apresentar sangramento fácil porque essas drogas podem causar uma deficiência de vitamina K, a qual é necessária para a coagulação.
Este efeito colateral pode ser evitado quando a mulher grávida faz uso da vitamina K oral logo após o parto. Durante a gestação, as mulheres epilépticas devem utilizar a dose mínima eficaz de anticonvulsivantes e devem ser rigorosamente controladas. As mulheres epilépticas, mesmo quando não utilizam drogas anticonvulsivantes durante a gravidez, apresentam uma maior probabilidade de gerarem conceptos com defeitos congênitos que as mulheres que não sofrem de epilepsia.
O risco é maior para as gestantes que apresentam crises convulsivas freqüentes e graves ou complicações da gravidez e nas mulheres que pertencem a grupos sócio-econômicos baixos, uma vez que elas tendem a receber uma atenção médica inadequada.
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